terça-feira, 3 de agosto de 2010

Renault Grand Scénic


Renault Grand Scénic


CONFORTO E ESPAÇO

Helder de Sousa

A Renault é considerada a inventora dos MPV (multi purpose vehicles) desde que lançou a Espace nos idos de 1984. Com o Grand Scénic caprichou.





Na realidade, o conceito de uma grande station com muito espaço interior e destinada a tempos livres e utilizações variadas, já vinha de 1970, quando Fergus Pollock trabalhava para a Chrysler inglesa.

A Espace foi evoluindo na sua carreira, levou atrás de si todos os outros MPV’s e, a Renault alargou a sua oferta em carros desta família, primeiro com o Scénic e, agora, com o Grand Scénic.

É uma proposta interessante e de muito boa qualidade percebida, isto é, os materiais usados nos forros e os próprios instrumentos oferecem um contacto agradável tanto à vista como ao tacto.

Apesar dos seus 4,5 metros de comprimento, o carro mostra-se bastante ágil no trânsito urbano. Graças ao sistema de aviso de aproximação tanto à frente como atrás, a pintura mantém-se ao abrigo de quaisquer encostos desagradáveis. Com a câmara de marcha atrás instalada, então, as manobras tornam-se realmente fáceis e cómodas, evitando a torção do tronco para olhar para a retaguarda.

Com caixa de seis velocidades e com motor diesel – o comprovado dCi – tudo assente numas suspensões bem ajustadas, o carro conduz-se com grande faclidade.

Naturalmente, um dos encantos do modelo está no facto de poder transportar sete pessoas, incluindo o condutor. Mas, inteligentemente, os dois bancos da terceira fila, quando não estão a ser usados, confundem-se com o piso da bagageira permitindo um volume de 564 litros, suficiente para transportar as malas dos cinco passageiros. Na configuração sete lugares, desaparece o espaço para as malas. Numa configuração de carga, com todos os bancos rebatidos, a capacidade sobe para os 2.063 litros o que torna a Grand Scénic numa Van bastante útil.

Ainda no tocante à qualidade, destaque-se o sistema de ar condicionado independente para o compartimento traseiro, automático e com boa filtragem. O ambiente a bordo é agradável, luminoso e, em andamento, o carro filtra todos os ruídos parasitas provenientes do rolamento das rodas ou da passagem do vento pela carroçaria. Aliás, o coeficiente de aerodinamismo é bastante baixo, o que contribui para o aumento do conforto dos passageiros.

Este modelo não faz parte das opções de venda em Angola, que conta com o Logan da Dacia. Como ponto de referência, na Europa, conforme a versão mecânica e equipamento escolhidos, desde o motor 1.4 turbo de 130 cavalos ao mais potente dCi de 150 cavalos, os preços variam entre os pouco mais de vinte mil dólares e os cerca de quarenta mil dólares. Na concorrência directa, o Grande Scénic tem, como adversário mais directo, entre outros, o Toyota Versus.

(esta matéria foi publicada no semanário angolano O PAÍS, na minha página Motores)

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