domingo, 22 de agosto de 2010

O Jaguar XJ - O SEDUTOR DA ESTRADA

Com este modelo agressivo mas elegante, potente mas suave, a Jaguar volta a posicionar-se na linha da frente das marcas de grande prestígio mundial.
O carro mostra bem do que a engenharia britânica é capaz de fazer tanto em design como em técnica e oXJ é a montra dessas capacidades. A Jaguar está a festejar os seus 75 anos de existência, desde que Sir William Lyons iniciou a produção dos seus carros, em Conventry, depois de ter começado a fabricar motos com “side-car”.
Fazendo jus ao nome Jaguar, o XJ é um carro ágil graças à sua estrutura em alumínio que lhe faz ganhar 150 quilos à concorrência. E, quando se fala de concorrência a este nível, está-se a falar de Porsche Panamera, Audi A8, Maserati Quattroporte, Mercedes S. Tudo do mais requintado que se pode ver no catálogo dos grandes automóveis de altos desempenhos.
Entre a elegância das linhas exteriores e o superior cuidado no desenho o interior, adicionando as qualidades dinâmicas, este carro proporciona aos ocupantes um ambiente especial situado algures entre o luxo de bom gosto e a elevação a desconhecidos níveis zen numa perfeita comunhão onde não há perturbação vinda do exterior. E, ainda bem, para que se possa “sentir” mais do que ouvir, o leve sussurrar do motor, ou a extraordinária instalação sonora da Bowers & Wilkins de 1.200 w, com as suas 20 colunas e 15 canais.
Este Jaguar, graças aos seus motores quer diesel quer a gasolina de 275 a 510 cv de potência, acoplados a caixas de velocidades automáticas de 6 marchas e com suspensões a ar, parece que flutua no asfalto da estrada. Não nos confundamos, contudo. O XJ é tanto um “gato indolente” como uma “feroz pantera”, dependendo da forma como o utilizarmos.
Interessante notar que sendo embora muito “british”, este carro reúne uma vasta panóplia de avanços técnicos. Por exemplo, não tem alavanca para as marchas, tem um botão que surge quando se carrega no interruptor de arranque do motor. Não tem alavanca de travão de mão, tem uma patilha. Não tem ponteiros nem números pintados nos instrumentos, é tudo electrónico. As mudanças podem ser trocadas nas patilhas sob o volante, à fórmula 1. Regulação de bancos, espelhos, volante, tudo eléctrico.
Um autêntico sedutor que conquista todos quando a razão e o coração dão as mãos para uma decisão final.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

FORÇA DA NATUREZA

FORÇA DA NATUREZA






Nem todos os proprietários de jipes de luxo como o Range Rover, o Audi Q7 ou o Mercedes GL
têm oportunidade de sair dos habituais “trilhos de asfalto” nas suas deslocações diárias. Acredito que se deve pensar duas vezes antes de “meter” um carro de mais de uma centena de milhares de dólares em terrenos aparentemente inexpugnáveis.

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Tem de existir alguma hesitação em por à prova as qualidades de comportamento fora de estrada de um carro como o novo Range Rover V8 turbo diesel, onde tudo é refinamento, luxo, qualidade elevada, perfeição e muito avanço tecnológico. Mas a Rover não teve receio de levar jornalistas de todo o Mundo a experimentarem as potencialidades do carro em passar os obstáculos mais complicados, nos recônditos de uma serra escondida nos confins do Portugal nortenho.

Descidas e subidas de mais de 45 graus de inclinação, atravessamento de um rio de leito pedregoso, caminhos de serra estreitos, poeirentos e perigosos, por tudo a Rover fez passar as centenas de jornalistas que convidou para a apresentação mundial desta pérola mecânica que é o Range Rover com o novo motor V8 4.4 diesel.
Eu que não sou treinado em "off road" senti algumas tremuras nas pernas ao chegar a alguns obstáculos naturais que a  Rover colocou à minha frente. Muito assustadores. Mas, depois, ao passá-los com uma facilidade inesperada, ganha-se confiança e o que se deseja é encontrar outros ainda mais desafiantes.
Na realidade, o Range Rover com este motor tão redondo, tão suave, tão potente, mais toda a parafernália de controlos e programas, e ainda com os extraordinários pneus GoodYearWrangler, não se resiste a pensar que obstáculos este carros ... não vencerá?

Range Rover 4.4 TDV8 - Hightech para todo-o-terreno



O NOVO RANGE ROVER


Quanto mais velho, melhor. A bater os seus 40 anos de existência, o Range Rover vem agora dizer quem é quem no mundo dos grandes SUV com supermotores diesel. Tal como o Vinho do Porto (em cuja região foi apresentado), o Range Rover 2011 vem elevar o grau a valores nunca antes alcançados.

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Trata-se do mais potente diesel jamais produzido pela marca: 313 cv de potência graças a um motor de oito cilindros em V alimentados por dois turbocompressores paralelos sequenciais, arrefecidos a água.

Suave como veludo, o motor mal se ouve, mesmo quando solicitado a “velocidades de perda de carta”. Tudo tratado por uma caixa automática FF de oito velocidades, manuseada quer manualmente nas patilhas por baixo do volante, quer na posição D do botão de selecção automática. A Rover reivindica um consumo de 9,5 litros/100 km e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 7,8 segundos. Nós acrescentamos que sobe até aos 220 km/h a um regime de rotações baixíssimas, 4.500.

Para que tudo funcione na perfeição – motor, caixa, travões, direcção, ar condicionado, som, estabilidade, descida, subida, lama, água, etc.- o Rover tem ao serviço do condutor, nada mais nada menos do que 64 computadores. Alguns deles servem para trabalhar nas descidas íngremes em que entra em funções o “Terrain Response com Gradient Accelaration”, evitando que apliquemos o pé no travão. Outra função assistida é aquela que permite arrancar suavemente nas subidas chamada “Hill Start Assist”.

Posição de condução, ambiente a bordo, leitura da direcção assistida, espaço, sofisticação técnica, tudo o que o condutor moderno deseja, encontra no Range Rover TDV8. E mais: o carro tanto se porta bem no dia-a-dia do casa-trabalho-casa como domina com segurança os tenebrosos labirintos do mais violento fora-de-estrada que se possa imaginar.

Os condutores angolanos estão mais habituados às versões gasolina com cerca de 500 cv. Só lhes fica bem, até experimentarem este novo motor 4.4 diesel.

(matéria publicada no semanário O PAÍS-Angola)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Muro do Schumacher

O Schumacher encostou o Barrichello ao muro para defender, não a vitória na Hungria, não o segundo lugar, nem o terceiro. O heptacampeão do mundo - idolatrado por muitos, símbolo de uma carreira desportiva não isenta de acções controversas e perigosas contra os seus adversários - defendia ... a décima (10ª) posição na corrida ... para ganhar.... UM  (1) ponto !!!!! Ele que está em nono (9º) na classificação do Campeonato a séculos do oitavo.
Por um mísero ponto, um piloto que devia ser o exemplo para os mais novos, o "mais velho" (como tratam, respeitosamente, os africanos aqueles que já têm idade para ter juizo), o "mais velho", do alto das suas sete coroas, atira o seu antigo companheiro de equipa contra o parede e, candidamente, horas mais tarde, aceita que a atitude foi "um pouco dura demais". Pouco? Ele ia matando o Barrichello que roçou com os pneus do lado direito no muro. Depois, à noite, no seu blog, vem pedir desculpa.
Os comissários desportivos, vá lá saber-se porquê, SÓ o penalizaram em recuar 10 lugares na próxima grelha de partida em Spa. Se a manobra tivesse sido feita por alguém menos "nobre" - tipo Petrov, Alguersuari, Glock, Kobayashi (e até mesmo Weber) - o castigo teria sido bem mais pesado.
Quem vem dizer que Schumi não errou só está a defender, de certeza, interesses que nós desconhecemos.
Lembram-se em que lugar terminou o Schumacher na Hungria? Em 11º. Lembram-se a que distância do Barrichello? A 20 segundos.
Valerá a pena colocar a vida de um adversário em risco por ... um mero ponto no Campeonato?

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Renault Grand Scénic


Renault Grand Scénic


CONFORTO E ESPAÇO

Helder de Sousa

A Renault é considerada a inventora dos MPV (multi purpose vehicles) desde que lançou a Espace nos idos de 1984. Com o Grand Scénic caprichou.





Na realidade, o conceito de uma grande station com muito espaço interior e destinada a tempos livres e utilizações variadas, já vinha de 1970, quando Fergus Pollock trabalhava para a Chrysler inglesa.

A Espace foi evoluindo na sua carreira, levou atrás de si todos os outros MPV’s e, a Renault alargou a sua oferta em carros desta família, primeiro com o Scénic e, agora, com o Grand Scénic.

É uma proposta interessante e de muito boa qualidade percebida, isto é, os materiais usados nos forros e os próprios instrumentos oferecem um contacto agradável tanto à vista como ao tacto.

Apesar dos seus 4,5 metros de comprimento, o carro mostra-se bastante ágil no trânsito urbano. Graças ao sistema de aviso de aproximação tanto à frente como atrás, a pintura mantém-se ao abrigo de quaisquer encostos desagradáveis. Com a câmara de marcha atrás instalada, então, as manobras tornam-se realmente fáceis e cómodas, evitando a torção do tronco para olhar para a retaguarda.

Com caixa de seis velocidades e com motor diesel – o comprovado dCi – tudo assente numas suspensões bem ajustadas, o carro conduz-se com grande faclidade.

Naturalmente, um dos encantos do modelo está no facto de poder transportar sete pessoas, incluindo o condutor. Mas, inteligentemente, os dois bancos da terceira fila, quando não estão a ser usados, confundem-se com o piso da bagageira permitindo um volume de 564 litros, suficiente para transportar as malas dos cinco passageiros. Na configuração sete lugares, desaparece o espaço para as malas. Numa configuração de carga, com todos os bancos rebatidos, a capacidade sobe para os 2.063 litros o que torna a Grand Scénic numa Van bastante útil.

Ainda no tocante à qualidade, destaque-se o sistema de ar condicionado independente para o compartimento traseiro, automático e com boa filtragem. O ambiente a bordo é agradável, luminoso e, em andamento, o carro filtra todos os ruídos parasitas provenientes do rolamento das rodas ou da passagem do vento pela carroçaria. Aliás, o coeficiente de aerodinamismo é bastante baixo, o que contribui para o aumento do conforto dos passageiros.

Este modelo não faz parte das opções de venda em Angola, que conta com o Logan da Dacia. Como ponto de referência, na Europa, conforme a versão mecânica e equipamento escolhidos, desde o motor 1.4 turbo de 130 cavalos ao mais potente dCi de 150 cavalos, os preços variam entre os pouco mais de vinte mil dólares e os cerca de quarenta mil dólares. Na concorrência directa, o Grande Scénic tem, como adversário mais directo, entre outros, o Toyota Versus.

(esta matéria foi publicada no semanário angolano O PAÍS, na minha página Motores)